8/16/2006

Portinho da Arrábida

8/11/2006

O Mundo é um lugar maravilhoso II

O Mundo é um lugar maravilhoso

Alexander
Moonprince (450 - 500)

Joined: 12 Oct 2004
Posts: 468
Location: Lisbon

We all have to die anyway, so. We should be wasting our time taking them down in the field, wherever they are, in fact we should be now heading for Iran and not waiting for Jewish (or American) people to do the dirty job, or waiting for a big European (or American) city to go down in flames first. But no, we are worried to take them out of Guantanamo and play with papers at ONU, EU and so on.
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Cum catapultae proscriptae erunt tum soli proscript catapultas habebunt.

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8/10/2006

Ronda pela Imprensa

Saca-rabos Country

Aluguei uma casa no campo. Tecnicamente, era um monte alentejano, embora numa versão tão radical que dificilmente se enquadrava no imaginário da "casa de férias". Não tinha água nem electricidade, nem acessos, nem tecto, nem casa de banho, nem rede de telemóvel. Era uma casa selvagem. Cinco contos por mês. Único motivo deste preço irrecusável: a solidão do senhor Inácio. Há muito que os vizinhos tinham abandonado a região, ou a vida. Num raio de dezenas de quilómetros não se vislumbrava vivalma. Nem os seus vestígios.

Da minha casa viam-se montes verdes, um riacho e um céu azul-cobalto, e eu bem podia passar dias inteiros sentado numa cadeira de baloiço a perscrutar todos os pormenores da paisagem: não, não havia, em todo o horizonte, o mínimo sinal de que a civilização humana alguma vez tivesse existido.

Passar ali alguns dias era uma experiência quase mística, embora não destituída de sacrifício: alguém se lembra do que é viver sem água nem luz? Sem frigorífico, não é possível manter água nem alimentos frescos. Sem casa de banho, vamos ficando infectos e sebentos. Nas noites intermináveis, o único passatempo era observar as estrelas que ali, de tão intensas, se tornavam próximas e ameaçadoras, e ouvir a sinfonia da Natureza: o uivo dos saca-rabos, uma espécie de lince comprido, de longa cauda felpuda, que vive nos montes e ataca os galinheiros, e a orgia gastro-domiciliária do caruncho. Deitado a olhar os barrotes que sustentavam o telhado, passei noites em claro a ouvir o ruído de serrote de milhares de bichos a devorarem-me a casa de férias.

Um dia, ganhei coragem e caminhei até à residência do meu senhorio, na outra encosta do monte, para lhe propor a construção de uma casa de banho. Inácio, um homem rico, proprietário de muitos hectares de sobreiral, e que também não tinha casa de banho, respondeu: "Para quê? Para cagar sempre no mesmo sítio?"

Enfim, não era um local para onde se convidasse alguém para um fim-de-semana. Só amigos muito especiais como o alemão Christof, que chegava a vir de propósito da sofisticada Munique para pernoitar no que ele chamava o Saca-Rabos Country.

Era a ideia (mais do que a realidade) daquele lugar absolutamente selvagem que o fascinava. Chegava lá, olhava horrorizado para dentro da casa, desdobrava o saco-cama e dormia ao relento. No dia seguinte, queria regressar a Lisboa. Eu também não aguentava muito tempo em Saca-Rabos Country.

Mal chegava, só pensava em fugir. Mas depois, apenas sonhava com voltar. Uma vez cheguei à noite, sozinho, à minha casa de férias. Extenuado, deitei-me. Mas pouco depois fui acordado por um ruído no exterior. Pareciam gemidos. Abri a porta, e o meu coração bateu mais forte. Não havia qualquer dúvida, via-se perfeitamente, com o luar: eram saca-rabos. Pelo menos uns dez, estacados em redor da casa, fitando-me. De súbito, dois deles avançaram. Instintivamente, afastei-me da porta e eles entraram. Segundos depois, cada um trazia na boca duas crias. No momento seguinte tinham todos desaparecido entre os arbustos.

Quando acordei, de manhã cedo, era impossível saber se aquilo fora um sonho. Entrei no carro, abandonei a casa e nunca mais lá voltei. Mas que saudades de Saca-Rabos Country.

Paulo Moura - in Público (06.08.2006)

8/09/2006

K

Recebi este post por mail. Gostei, subscrevo, passo a copiar e colar; e acrescento: aquele fórum era um jogo e eu resignei.

Muito sinceramente pensei se seria de interesse deixar aqui alguma nota. Afinal, ninguém neste fórum deve satisfações, justificações, ou até mesmo "opiniões" a ninguém. A avaliar pelo que foi sempre dito, e nesse mesmo espírito, cada um faz o que bem entender. "Queixinhas" e "lavar da roupa suja", ficam ao cuidado de quem enfiar o barrete. Deixei um comentário no blog do troglodita e logo veio uma Mariazinha de provocação em riste - que faça bom proveito da atenção que tanto anseia.

Ora, serve então isto para esclarecer:

- escrevo onde/quando e sobre o que bem me apetecer.
- falo com / ignoro quem bem me aprouver.

Logo, dispenso Lista de Xius e demais.

Todos sabemos que houve uma única motivação para inventarem tal lista, barrar as mensagens do ringhtane e do troglodita. Não há capacidade de encaixe? Capacidade de ignorar o que querem ou deixam de querer ler? Quanto muito assumam frontalmente que não os querem no fórum e expulsem-nos. Mas não, de modo camuflado deve ser melhor.

Já tinha sido contra a criação de um sub-fórum invisível. Não teria sido possível/desejável debater quaisquer problemas existentes (no caso em concreto, a "migração" de utilizadores "abusivos" de outro fórum) em espaço público?

Vamos lá ser honestos, ou querem um fórum aberto/livre, mesmo que "orientado", "administrado" por um número restrito de pessoas, ou assumem conluios dissimulados e é o "vale tudo". E isto inclui, ser azucrinado consequentemente por quem for alvo dessas medidas. Falo de novo dos agora expurgados (tenham saído eles próprios ou não).

Já me abstive de fazer parte deste fórum (na altura o Citador), por mais de um ano. Sem problemas. Não foi preciso vir para o recreio fazer alarido, ou ignorar/embirrar com quem quer que fosse. Aliás, sempre que aqui participo, há com certeza muitas mensagens e utilizadores que ignoro consciente e deliberadamente. So what?

Aliás, a quem interessar também, a razão da minha ausência foi precisamente um desentendimento público com o ringthane e o troglodita. Quem assistiu, recordará. Ora bem, sem drama algum, peguei em mim e saí. A partir do momento em que deixou de ser simplesmente divertido participar no fórum, optei por desligar (já tinha feito o mesmo com o Fórum do Público e o Sons). É tão simples quanto isso. Há vida lá fora, sim. [Custa-me perceber, aqueles que dizem que isto é, de facto, apenas um fórum, e que xius e afins não devem ser tomados a sério ('só entra nisso quem quer'), e depois não se apercebam que fazem transparecer exactamente o contrário. Sim, isto é tudo um jogo, muitas personas, e às vezes, também, assume-se a vontade de pertença ao "grupo" (e sua defesa). Mas há formas de nos movimentarmos. De mostrarmos o que estamos no fundo a querer dizer. Não valerá a pena reflectir sobre isso?]

Agora, dir-me-ão que há um conjunto de pessoas que não os querem aturar, logo eles é que têm de sair. Muito bem, façam a coisa de forma limpa, e expulsem-nos. Ou então, não expulsem, e ignorem, deixem de ler. Mas uma lista de censura? É uma infantilidade. E isto, falo daqueles dois, falo de quem quer que seja.

Dito isto, não tenciono entrar em esquemas a favor/contra ninguém. Não há drama nenhum em alguém sair ou entrar neste fórum. Não há drama se um dia destes simplesmente não me apetecer voltar a escrever neste espaço, qualquer que seja o motivo para tal.

De momento, não tenho tempo nem paciência para muitas coisas. Andarei por aí.

8/04/2006

Mar

8/03/2006

Freeman

Fui expulso! Fui expulso! Finalmente consegui ser expelido de um fórum! Caraças que tive que entrar no ninho das víboras para concretizar os meus intentos. Agora só espero que não consiga também em casa. É mais um ciclo que se fecha, bendita tattoo :8

8/01/2006

Reduto