10/31/2007

Radares

Entretanto recebi a minha primeira multa devido aos radares de Lisboa. 60 Euros por alegadamente seguir a 56 km/h no Túnel do Marques. Já quase não dá para respirar, e a perseguição é sempre para com as pessoas de bem. Bom, mas pode ser que não me mandem parar durante dois anos e a coisa passe. Espero em breve contribuir para o êxodo lisboeta. Quando já não houver ninguém para pagar taxas, impostos e multas absurdas, apaguem a luz e fechem a porta.

Inquérito no Público

Se a fusão BCP/BPI avançar, acha que irá beneficiar os consumidores?

1 - Sim 19 % (40)
2 - Não 67 % (138)
3 - Talvez 8 % (17)
4 - Não sei 6 % (12)

19% é um resultado espantoso.

10/30/2007

Coitados dos JOVENS, foi apenas uma BRINCADEIRA DE MAU GOSTO...

Covilhã: autarca diz que excesso de álcool nos jovens originou tragédia
30.10.2007 - 14h37

"O que está por trás disto é o excesso de álcool", diz o presidente da Junta de Freguesia do Teixoso, onde situa a aldeia de Borralheira de Orjais, onde na madrugada de domingo morreu um homem amarrado a um gradeamento.

Em declarações à Lusa, Carlos Mendes associa-se ao "sentimento generalizado" que diz existir na população local perante a "situação macabra" que colocou em prisão quatro dos alegados autores da "brincadeira de mau gosto", como lhe chama o autarca.

"Não acredito que eles decidissem: vamos matar este gajo. Foi uma brincadeira de mau gosto", considera.

João Inácio, 42 anos, foi encontrado morto domingo ao nascer do dia, parcialmente preso na grade de uma janela de um bar na aldeia onde residia, depois de ter estado, com os alegados responsáveis pela sua morte, a consumir bebidas alcoólicas em grandes quantidades.

Depois de o atarem, acabariam por abandonar o local, deixando o homem com as mãos e as pernas presas por cordas, à mesma altura, e a cabeça pendida.

Quando, ao alvorecer, um dos habitantes da aldeia deu com o "cenário", já João Inácio morrera.

O funeral realiza-se hoje para o cemitério da aldeia do sopé da Serra da Estrela, depois uma autópsia que aguarda exames toxicológicos para apurar as causas da morte.

"O que me preocupa é que estava lá gente mais velha que não alertaram e disseram: Parem com essa coisa estúpida", confessa Carlos Mendes.

Os detidos agora a aguardar julgamento na cadeia têm 17 anos, 22 anos, dois deles, e cerca de 40 o mais velho. Mas mais pessoas terão assistido à "brincadeira", diz-se à boca cheia na aldeia, o que deixa antever que poderão ser constituídos mais arguidos.

O presidente da junta acentua ainda o facto de os supostos autores da morte do conterrâneo serem de "famílias equilibradas, com algumas posses até".

Refere mesmo que dois deles integram o rancho folclórico local, usando esse facto para dizer que se trata de jovens integrados e não constituem situações de risco ou prováveis marginais desintegrados da sociedade onde vivem.

Outra factor que Carlos Mendes nomeia é "O papel que a GNR tem nisto", ao poder impedir que grupos fiquem até de madrugada na rua a perturbar uma comunidade e a ter comportamentos que podem acabar em tragédia, como aconteceu domingo.

A integração na comunidade e os rituais a ela associados é outro dos pontos que o autarca aborda brevemente: "Se não beber, não posso fazer parte do grupo", considera ser um dos dilemas com que se confrontam os adolescentes ou jovens na passagem para a idade adulta.

Neste caso, "quem acabou por pagar foi o elo mais fraco", diz, referindo-se à vítima, um desempregado e doente, divorciado, que toda a gente na aldeia de 400 habitantes elogia como "boa pessoa".

10/26/2007

O Sono e o Circo

É de facto notável a forma despudorada com que os governantes deste país e demais membros da chamada UE27 (certo?) estouram com o dinheiro dos contribuintes nas mais diversas inutilidades.

Festas, exposições, concertos de piano, envolvimento das forças militares com salvas de tiros e tudo. Só faltou uma visita ao túmulo do soldado desconhecido. Com pompa e circunstância. E claro, estradas cortadas em catadupa, A5, A8, CREL, tudo cortado, e a horas escolhidas com uma precisão siberiana por forma a gerar monumentais filas de trânsito. Enfim, o cidadão comum atirado para o fundo da tabela, como é habitual.

Ora repare-se neste artigo no Público:

Visita oficial de Putin teve a pompa. Faltaram os sorrisos de circunstância

26.10.2007

Podia ser Hollywood. A chegada de Vladimir Putin ao Palácio da Ajuda teve direito a um baile de políticos, embaixadores e empresários, câmaras e holofotes, cortejos de BMW, desfiles de toilettes entre mulheres desconcertadas no topo dos saltos altos e homens caídos em fatos invariavelmente de cor escura.
Teve uma rampa vermelha de acesso à Galeria D. Luís I. Teve também umas escadas mas ninguém as usou. "Parece a noite dos Óscares", diz um jornalista. Teve Cavaco Silva e Maria Cavaco Silva. Teve Isabel Pires de Lima. Teve um Sócrates versão discreta, quase alienada. Teve Putin e dezenas de jornalistas e fotojornalistas portugueses e russos (mais russos do que portugueses) à espera de um gesto mais entusiasmado ou que fugisse à monotonia das visitas oficiais. Teve até um fotógrafo da Reuters que se deu ao trabalho de levar um escadote para não perder pitada. Teve a pompa. Faltaram os sorrisos e a empatia fotogénica de circunstância.
Alguns fazem-se às câmaras. Outros, como José Sócrates, só se deixam ver de costas. Freitas do Amaral chega à frente, no lugar do pendura, e a mulher atrás. Cavaco Silva aparece sério, Maria Cavaco Silva espalhando sorrisos. Putin chega uns oito ou nove minutos depois do previsto, rodeado de segurança. Cavaco Silva parece dar instruções à mulher. Os fotógrafos mergulham nos limites últimos da vedação. Putin lança um sorriso nos primeiros instantes do cumprimento entre presidentes. Um sorriso tímido, mas um sorriso. O único visível da noite. O cumprimento demorou-se para as câmaras. Mas o sorriso de Putin morreu ali.
Cavaco e a sua mulher, Isabel Pires de Lima, Putin e restante comitiva dirigem-se para a galeria para a inauguração da exposição do Hermitage. Só os fotógrafos oficiais, uma câmara de TV e os fotógrafos da agência portuguesa podem passar para lá da porta. "Cavaco esteve sempre muito afastado do Putin. Estava a fotografar o Putin e o Cavaco quase não se via", diz um fotógrafo da Lusa. Numa das fotografias, Cavaco é apanhado muito atrás de Putin que, com ar de enfado, mira uma das peças em exposição.
Depois da exposição, um concerto de piano também barrado aos jor-nalistas. Voltam a aparecer para to-dos num desfile interminável de curtos cumprimentos. Maria Cavaco Silva está à esquerda, Cavaco Silva à direita, Putin ao centro. Cavaco fala e gesticula. Putin está sempre sério. Ou talvez não. Certo é dizer que está sempre com o mesmo ar. Freitas do Amaral é o único que parece estar prestes a fazer uma vénia a Putin, tal é o entusiasmo com que lhe agarra o braço. Cavaco Silva apresenta Ramalho Eanes com regozijo. Putin e Cavaco estão de azul escuro e de gravatas às riscas, minutos parados para as fotografias com ar entediado. Sussuram entre dentes. Quando a fila termina, dois empregados trazem panos quentes para que possam limpar as mãos. Putin é o último a devolvê-lo. Segue ao lado de Cavaco Silva mas parece que estão de costas voltadas. Sílvia Caneco


A passagem do senhor que manda na Rússia vem uma vez mais demonstrar, como eu costumo dizer, que cada povo tem aquilo que merece. Os russos, nós, e provavelmente todos.

E falavam do tempo dos reis.

10/19/2007

Escrito na Pedra

10/16/2007

3%

10/12/2007

Sobrevivência

10/02/2007

Esmeralda

Primeiro são os tribunais a darem mais uma mostra da sua inutilidade. Depois, se fosse a mãe a voltar atrás e a requerer a guarda da menina nada isto se dava. É a eterna diabolização do homem.