Coitados dos JOVENS, foi apenas uma BRINCADEIRA DE MAU GOSTO...
Covilhã: autarca diz que excesso de álcool nos jovens originou tragédia
30.10.2007 - 14h37
"O que está por trás disto é o excesso de álcool", diz o presidente da Junta de Freguesia do Teixoso, onde situa a aldeia de Borralheira de Orjais, onde na madrugada de domingo morreu um homem amarrado a um gradeamento.
Em declarações à Lusa, Carlos Mendes associa-se ao "sentimento generalizado" que diz existir na população local perante a "situação macabra" que colocou em prisão quatro dos alegados autores da "brincadeira de mau gosto", como lhe chama o autarca.
"Não acredito que eles decidissem: vamos matar este gajo. Foi uma brincadeira de mau gosto", considera.
João Inácio, 42 anos, foi encontrado morto domingo ao nascer do dia, parcialmente preso na grade de uma janela de um bar na aldeia onde residia, depois de ter estado, com os alegados responsáveis pela sua morte, a consumir bebidas alcoólicas em grandes quantidades.
Depois de o atarem, acabariam por abandonar o local, deixando o homem com as mãos e as pernas presas por cordas, à mesma altura, e a cabeça pendida.
Quando, ao alvorecer, um dos habitantes da aldeia deu com o "cenário", já João Inácio morrera.
O funeral realiza-se hoje para o cemitério da aldeia do sopé da Serra da Estrela, depois uma autópsia que aguarda exames toxicológicos para apurar as causas da morte.
"O que me preocupa é que estava lá gente mais velha que não alertaram e disseram: Parem com essa coisa estúpida", confessa Carlos Mendes.
Os detidos agora a aguardar julgamento na cadeia têm 17 anos, 22 anos, dois deles, e cerca de 40 o mais velho. Mas mais pessoas terão assistido à "brincadeira", diz-se à boca cheia na aldeia, o que deixa antever que poderão ser constituídos mais arguidos.
O presidente da junta acentua ainda o facto de os supostos autores da morte do conterrâneo serem de "famílias equilibradas, com algumas posses até".
Refere mesmo que dois deles integram o rancho folclórico local, usando esse facto para dizer que se trata de jovens integrados e não constituem situações de risco ou prováveis marginais desintegrados da sociedade onde vivem.
Outra factor que Carlos Mendes nomeia é "O papel que a GNR tem nisto", ao poder impedir que grupos fiquem até de madrugada na rua a perturbar uma comunidade e a ter comportamentos que podem acabar em tragédia, como aconteceu domingo.
A integração na comunidade e os rituais a ela associados é outro dos pontos que o autarca aborda brevemente: "Se não beber, não posso fazer parte do grupo", considera ser um dos dilemas com que se confrontam os adolescentes ou jovens na passagem para a idade adulta.
Neste caso, "quem acabou por pagar foi o elo mais fraco", diz, referindo-se à vítima, um desempregado e doente, divorciado, que toda a gente na aldeia de 400 habitantes elogia como "boa pessoa".
30.10.2007 - 14h37
"O que está por trás disto é o excesso de álcool", diz o presidente da Junta de Freguesia do Teixoso, onde situa a aldeia de Borralheira de Orjais, onde na madrugada de domingo morreu um homem amarrado a um gradeamento.
Em declarações à Lusa, Carlos Mendes associa-se ao "sentimento generalizado" que diz existir na população local perante a "situação macabra" que colocou em prisão quatro dos alegados autores da "brincadeira de mau gosto", como lhe chama o autarca.
"Não acredito que eles decidissem: vamos matar este gajo. Foi uma brincadeira de mau gosto", considera.
João Inácio, 42 anos, foi encontrado morto domingo ao nascer do dia, parcialmente preso na grade de uma janela de um bar na aldeia onde residia, depois de ter estado, com os alegados responsáveis pela sua morte, a consumir bebidas alcoólicas em grandes quantidades.
Depois de o atarem, acabariam por abandonar o local, deixando o homem com as mãos e as pernas presas por cordas, à mesma altura, e a cabeça pendida.
Quando, ao alvorecer, um dos habitantes da aldeia deu com o "cenário", já João Inácio morrera.
O funeral realiza-se hoje para o cemitério da aldeia do sopé da Serra da Estrela, depois uma autópsia que aguarda exames toxicológicos para apurar as causas da morte.
"O que me preocupa é que estava lá gente mais velha que não alertaram e disseram: Parem com essa coisa estúpida", confessa Carlos Mendes.
Os detidos agora a aguardar julgamento na cadeia têm 17 anos, 22 anos, dois deles, e cerca de 40 o mais velho. Mas mais pessoas terão assistido à "brincadeira", diz-se à boca cheia na aldeia, o que deixa antever que poderão ser constituídos mais arguidos.
O presidente da junta acentua ainda o facto de os supostos autores da morte do conterrâneo serem de "famílias equilibradas, com algumas posses até".
Refere mesmo que dois deles integram o rancho folclórico local, usando esse facto para dizer que se trata de jovens integrados e não constituem situações de risco ou prováveis marginais desintegrados da sociedade onde vivem.
Outra factor que Carlos Mendes nomeia é "O papel que a GNR tem nisto", ao poder impedir que grupos fiquem até de madrugada na rua a perturbar uma comunidade e a ter comportamentos que podem acabar em tragédia, como aconteceu domingo.
A integração na comunidade e os rituais a ela associados é outro dos pontos que o autarca aborda brevemente: "Se não beber, não posso fazer parte do grupo", considera ser um dos dilemas com que se confrontam os adolescentes ou jovens na passagem para a idade adulta.
Neste caso, "quem acabou por pagar foi o elo mais fraco", diz, referindo-se à vítima, um desempregado e doente, divorciado, que toda a gente na aldeia de 400 habitantes elogia como "boa pessoa".
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home