9/30/2008

Ao ler as últimas do Portugal Profundo pergunto-me como é que não há coisas a ir pelos ares. Pergunto-me, apesar da inegável capacidade de sobrevivência das pessoas (isto é, dos seus ascendentes) que habitam este espaço, porque é que o nosso país é afinal tão manso.

Puta que os pariu, todos...

Vereadora que pagava 146 euros de renda à Câmara de Lisboa recebe reforma de 3350
30.09.2008 - 10h45 Ana Henriques

A vereadora do PS responsável Acção Social da Câmara de Lisboa, que até ao final do ano passado pagava 146 euros de renda à autarquia por uma casa de duas assoalhadas no centro da cidade, na Rua do Salitre, tem uma reforma de cerca de 3350 euros.

Ana Sara Brito deu ontem uma conferência de imprensa para explicar uma situação que durou 20 anos e que "nunca pôs em causa" os seus "valores éticos". É por isso que não se demite: "Continuarei, apesar de alguns não o desejarem, com a mesma determinação, a trabalhar de acordo com o programa eleitoral."

Sem esclarecer todos os aspectos da questão, a autarca explicou que quando tentou alugar a casa, em 1987 - era então vereadora da Acção Social pela primeira vez -, percebeu que o seu proprietário, um privado, tinha problemas com o município que o impediam de o fazer. "Apresentei a situação a Abecasis", o então presidente da câmara, que, actuando como se o imóvel pertencesse ao município, lho arrendou. Como? Porquê? Sara Brito invocou motivos "pessoais" para não responder, não tendo também esclarecido que tipo de problema deu à autarquia o direito de se tornar senhoria de um imóvel que pertencia a um particular.

Questionada sobre se tinha necessidade da casa há 20 anos, era então enfermeira de profissão além de vereadora, respondeu que sim. E 20 anos depois, quando auferia uma pensão que, segundo a declaração de rendimentos que entregou em 2006 no Tribunal Constitucional, se eleva aos 46.883 euros anuais, ainda tinha necessidade de uma renda camarária de 146 euros? "Não era uma casa de habitação social", repetiu várias vezes. O imóvel integrava-se no património disperso do município, até hoje gerido com critérios discricionários. A renda, inicialmente inferior aos 146 euros, foi sendo aumentada de acordo com a lei até chegar a este montante, "A casa foi-me atribuída legalmente. O contrato de arrendamento era legal", disse Sara Brito.

Para evitar que estes e outros casos do género se repitam, a Câmara de Lisboa promete ser mais rigorosa daqui em diante na entrega de casas. Também presente na conferência de imprensa, o presidente da autarquia, António Costa, fez questão de referir que todos os escândalos sobre a matéria vindos até agora a público se referem a habitações atribuídas em mandatos anteriores ao seu. E que desde que começou a governar o município os critérios de entrega de casa sempre foram objectivos: quando os habitantes se encontram em prédios municipais a ameaçar ruína, quando têm problemas de saúde graves comprovados e várias outras condições.

Recordando que as autoridades estão na câmara a investigar vários destes processos, António Costa anunciou que pediu à Comissão Nacional de Protecção de Dados para divulgar a lista do património disperso do município, renda e nome do inquilino.
Quando leio que os bancos portugueses não vão sentir os efeitos deste desmoronar do sistema financeiro internacional só me lembro daqueles dirigentes do futebol quando começam a dizer que o treinador não está em risco de sair...

9/26/2008

Acabo de ligar para o centro de saúde para marcar uma consulta com a "minha médica de família" (via-a uma vez) e dizem-me para ir lá no próprio dia de manhã cedo a ver se consigo, pois não sabem quando é que ela lá esta, uns dias vem, outros não!

9/17/2008

Lou Reed, sempre...

Maybe I should go and live in Amsterdam
in a side street in a big canal
spend my evenings in the Van Gogh Museum
what a dream, Van Gogh Museum

Maybe its time to see Tangiers
a different life-style some different fears
and maybe I should be Edinburgh
in a kilt in Edinburgh

Doin' a modern dance
doin' a modern dance

Or maybe I should get a farm in Southern France
where the winds are wispy and the villagers dance
and you and I we'd sleep beneath a moon
moon in June and sleep till noon

And maybe you and I could fall in love
regain the spirit that we once had
you'd let me hold you and touch the night
that shines so bright, so bright with fright

Doin' a modern dance
doin' a modern dance

Shit, maybe I could go to Yucatan
where women are women, a man's a man
ah, no one confused, ever loses place
with their place in the human race

Maybe I'm not cut out for city life
the smell of exhaust, the smell of strife
and maybe you don't wanna be a wife
it's not a life being a wife

Doin' a modern dance
doin' a modern dance

So maybe I should go to Tanganyika
where the rivers run, down mountains tall and steep
or go to India to study chants
and lose romance to a mantra's dance

I need a guru, I need some law
explain to me the things we saw
why it always comes to this
it's all downhill after the first kiss

Maybe I should move to Rotterdam
maybe move to Amsterdam
I should move to Ireland, Italy, Spain
Afghanistan where there is no rain

Or maybe I should just learn a modern dance
where roles are shifting the modern dance
you never touch you don't know who you're with
this week, this month, this time of year
this week, this month, this time of year

...

9/12/2008

:)

Ao ver o macacoide da Venezuela aos gritos só me lembro das recepções do Sócrates à criatura...

9/11/2008

Agora que ando a ler o Destak pela manhã...

A 'janela partida' a que não reagimos
11 | 09 | 2008 09.26H

Desconfio que está na hora de relembrar a Teoria da Janela Partida, que o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque tornou célebre.

A tese é fácil de compreender: quando a desordem não é alvo de tolerância zero, é entendida como um sinal de que ninguém se importa, convidando a mais desordem. Ao penalizar um delito aparentemente «pequeno» como sujar as paredes de propriedade alheia, evita-se que a bola de neve comece a rolar. Ao olhar para os insultos racistas, os apelos à vingança, e os grafitti com que estão pintadas as paredes da Quinta da Fonte, as estações de metro, os muros das escolas, percebemos que fizemos mal em fechar os olhos.

Se até, imagine-se, as casas de banho do Palácio da Justiça em Lisboa estão vandalizadas há anos, sem que ninguém as mande limpar, quem é que consegue impor seja que tipo de autoridade?

E o pior é que o aviso foi feito.

Na sua visita a Lisboa em 1997, o mayor Giuliani declarou-se chocado com a quantidade de espaços conspurcados, declarando que a indiferença das autoridades, e afinal de todos nós, perante o vandalismo era muito mau presságio.

Na altura, e desde então, o CDS-PP tem voltado ao alerta, e Telmo Correia, durante a sua campanha à Câmara de Lisboa, andou a limpar grafitti, defendendo que: «Quem vandaliza tem que pagar.»

Mas o discurso antigrafitti foi sempre, estupidamente, lido como de direita, reaccionário, ou um boicote activo à liberdade criativa dos nossos meninos. É confundir tudo. Educar com autoridade e coerência é fundamental, seja o alvo do exercício um cachorrinho, uma criança, um adolescente ou um adulto. Deixar estragar o nosso património é um atentado, cuja limpeza custa 7 euros o metro quadrado ao Estado. Dizer que impedir alguém de destruir o que não lhe pertence é «fascista», é uma falácia que conduz, entre outras coisas, à onda de violência que agora deixa os políticos histéricos, a clamar por mais repressão.

Pela minha parte, defendo que agora que Rudy Giuliani está desempregado, o eng. Sócrates lhe deveria pedir que viesse montar por aqui a sua Task Force.

http://www.destak.pt/artigos.php?art=14112

Bardamerda para os Transportes

Já estou a perder a conta ao dinheiro que ando a gastar com comboio, metro e autocarros (um bilhete nos TST para andar uns 800m custa a módica quantia de € 1,90). Mesmo com passes, que só valem a pena se forem para utilizar um mês inteiro, a diferença entre andar de transportes e de carro não é significativa, e isto não contando com outros factores como conforto, mobilidade ou tempos de espera entre diferentes meios de transporte (algo que anda numa completa desarticulação, claro está).

9/10/2008

LOL

Homem que disparou na esquadra de Portimão aguarda julgamento em liberdade

O homem que ontem feriu gravemente um outro com três tiros dentro da esquadra da PSP de Portimão vai ficar a aguardar o julgamento em liberdade, mas proibido de abandonar o concelho, segundo fonte judicial. O juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Portimão, Pedro Frias, que ouviu o indivíduo esta tarde, determinou, como medidas de coacção, a aplicação de Termo de Identidade e Residência e apresentações diárias na esquadra da PSP.

9/08/2008

LOL

9/02/2008

Inenarrável

É demasiado esqueroso mas é verdade...

9/01/2008

Medalhas, por país e por jogos...