Agora que ando a ler o Destak pela manhã...
A 'janela partida' a que não reagimos
11 | 09 | 2008 09.26H
Desconfio que está na hora de relembrar a Teoria da Janela Partida, que o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque tornou célebre.
A tese é fácil de compreender: quando a desordem não é alvo de tolerância zero, é entendida como um sinal de que ninguém se importa, convidando a mais desordem. Ao penalizar um delito aparentemente «pequeno» como sujar as paredes de propriedade alheia, evita-se que a bola de neve comece a rolar. Ao olhar para os insultos racistas, os apelos à vingança, e os grafitti com que estão pintadas as paredes da Quinta da Fonte, as estações de metro, os muros das escolas, percebemos que fizemos mal em fechar os olhos.
Se até, imagine-se, as casas de banho do Palácio da Justiça em Lisboa estão vandalizadas há anos, sem que ninguém as mande limpar, quem é que consegue impor seja que tipo de autoridade?
E o pior é que o aviso foi feito.
Na sua visita a Lisboa em 1997, o mayor Giuliani declarou-se chocado com a quantidade de espaços conspurcados, declarando que a indiferença das autoridades, e afinal de todos nós, perante o vandalismo era muito mau presságio.
Na altura, e desde então, o CDS-PP tem voltado ao alerta, e Telmo Correia, durante a sua campanha à Câmara de Lisboa, andou a limpar grafitti, defendendo que: «Quem vandaliza tem que pagar.»
Mas o discurso antigrafitti foi sempre, estupidamente, lido como de direita, reaccionário, ou um boicote activo à liberdade criativa dos nossos meninos. É confundir tudo. Educar com autoridade e coerência é fundamental, seja o alvo do exercício um cachorrinho, uma criança, um adolescente ou um adulto. Deixar estragar o nosso património é um atentado, cuja limpeza custa 7 euros o metro quadrado ao Estado. Dizer que impedir alguém de destruir o que não lhe pertence é «fascista», é uma falácia que conduz, entre outras coisas, à onda de violência que agora deixa os políticos histéricos, a clamar por mais repressão.
Pela minha parte, defendo que agora que Rudy Giuliani está desempregado, o eng. Sócrates lhe deveria pedir que viesse montar por aqui a sua Task Force.
http://www.destak.pt/artigos.php?art=14112
11 | 09 | 2008 09.26H
Desconfio que está na hora de relembrar a Teoria da Janela Partida, que o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque tornou célebre.
A tese é fácil de compreender: quando a desordem não é alvo de tolerância zero, é entendida como um sinal de que ninguém se importa, convidando a mais desordem. Ao penalizar um delito aparentemente «pequeno» como sujar as paredes de propriedade alheia, evita-se que a bola de neve comece a rolar. Ao olhar para os insultos racistas, os apelos à vingança, e os grafitti com que estão pintadas as paredes da Quinta da Fonte, as estações de metro, os muros das escolas, percebemos que fizemos mal em fechar os olhos.
Se até, imagine-se, as casas de banho do Palácio da Justiça em Lisboa estão vandalizadas há anos, sem que ninguém as mande limpar, quem é que consegue impor seja que tipo de autoridade?
E o pior é que o aviso foi feito.
Na sua visita a Lisboa em 1997, o mayor Giuliani declarou-se chocado com a quantidade de espaços conspurcados, declarando que a indiferença das autoridades, e afinal de todos nós, perante o vandalismo era muito mau presságio.
Na altura, e desde então, o CDS-PP tem voltado ao alerta, e Telmo Correia, durante a sua campanha à Câmara de Lisboa, andou a limpar grafitti, defendendo que: «Quem vandaliza tem que pagar.»
Mas o discurso antigrafitti foi sempre, estupidamente, lido como de direita, reaccionário, ou um boicote activo à liberdade criativa dos nossos meninos. É confundir tudo. Educar com autoridade e coerência é fundamental, seja o alvo do exercício um cachorrinho, uma criança, um adolescente ou um adulto. Deixar estragar o nosso património é um atentado, cuja limpeza custa 7 euros o metro quadrado ao Estado. Dizer que impedir alguém de destruir o que não lhe pertence é «fascista», é uma falácia que conduz, entre outras coisas, à onda de violência que agora deixa os políticos histéricos, a clamar por mais repressão.
Pela minha parte, defendo que agora que Rudy Giuliani está desempregado, o eng. Sócrates lhe deveria pedir que viesse montar por aqui a sua Task Force.
http://www.destak.pt/artigos.php?art=14112
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