1/31/2009

Entretanto, com esta chuva toda, estou indeciso entre a revisão do Blade Runner e do Se7en. Ou então se calhar vou para a cama.

Realmente...

1/29/2009

1/27/2009

1/24/2009

Free

1/23/2009

Entretanto joga-se isto...

Por falar em Freeman, o Caso Freeport está giro. Vamos todos chegar à conclusão que foi tudo um conjunto de coincidências e papeis desaparecidos, como na Casa Pia ou na história da licenciatura de um tal ministro português. Ou melhor, uma cabala.

Gordon Freeman

Soltem os prisioneiros...

Começa bem. Agora só falta dar-lhes o brevet.

1/21/2009

O factor Vara

(...) Toda a 'carreira', se assim lhe podemos chamar, de Armando Vara, é uma história que, quando não possa ser explicada pelo mérito (o que, aparentemente, é regra), tem de ser levada à conta da sorte. Uma sorte extraordinária. Teve a sorte de, ainda bem novo, ter sentido uma irresistível vocação de militante socialista, que para sempre lhe mudaria o destino traçado de humilde empregado bancário da CGD lá na terra. Teve o mérito de ter dedicado vinte anos da sua vida ao exaltante trabalho político no PS, cimentando um currículo de que, todavia, a nação não conhece, em tantos anos de deputado ou dirigente político, acto, ideia ou obra que fique na memória. Culminou tão profícua carreira com o prestigiado cargo de ministro da Administração Interna - em cuja pasta congeminou a genial ideia de transformar as directorias e as próprias funções do Ministério em Fundações, de direito privado e dinheiros públicos. Um ovo de Colombo que, como seria fácil de prever, conduziria à multiplicação de despesa e de "tachos" a distribuir pela "gente de bem" do costume. Injustamente, a ideia causou escândalo público, motivou a irritação de Jorge Sampaio e forçou Guterres a dispensar os seus dedicados serviços. E assim acabou - "voluntariamente", como diz o próprio - a sua fase de dedicação à causa pública. Emergiu, vinte anos depois, no seu guardado lugar de funcionário da CGD, mas agora promovido por antiguidade ao lugar de director, com a misteriosa pasta da "segurança". E assim se manteve um par de anos, até aparecer também subitamente licenciado em Relações Qualquer Coisa por uma também súbita Universidade, entretanto fechada por ostensiva fraude académica. Poucos dias após a obtenção do "canudo", o agora dr. Armado Vara viu-se promovido - por mérito, certamente, e por nomeação política, inevitavelmente - ao lugar de administrador da CGD: assim nasceu um banqueiro. Mas a sua sorte não acabou aí: ainda não tinha aquecido o lugar no banco público, e rebentava a barraca do BCP, proporcionando ao Governo socialista a extraordinária oportunidade de domesticar o maior banco privado do país, sem sequer ter de o nacionalizar, limitando-se a nomear os seus escolhidos para a administração, em lugar dos desacreditados administradores de "sucesso". A escolha caiu em Santos Ferreira, presidente da CGD, que para lá levou dois homens de confiança sua, entre os quais o sortudo dr. Vara. E, para que o PSD acalmasse a sua fúria, Sócrates deu-lhes a presidência da CGD e assim a meteórica ascensão do dr. Vara na banca nacional acabou por ser assumida com um sorriso e um tom "leve".

Podia ter acabado aí a sorte do homem, mas não. E, desta vez, sem que ele tenha sido tido ou achado, por pura sorte, descobriu-se que, mesmo depois de ter saído da CGD, conseguiu ser promovido ao escalão máximo de vencimento, no qual vencerá a sua tão merecida reforma, a seu tempo. Porque, como explicou fonte da "instituição" ao jornal "Público", é prática comum do "grupo" promover todos os seus administradores-quadros ao escalão máximo quando deixam de lá trabalhar. Fico feliz por saber que o banco público, onde os contribuintes injectaram nos últimos seis meses mil milhões de euros para, entre outros coisas, cobrir os riscos do dinheiro emprestado ao sr. comendador Berardo para ele lançar um raide sobre o BCP, onde se pratica actualmente o maior spread no crédito à habitação, tem uma política tão generosa de recompensa aos seus administradores - mesmo que por lá não tenham passado mais do que um par de anos. Ah, se todas as empresas, públicas e privadas, fossem assim, isto seria verdadeiramente o paraíso dos trabalhadores! (...)


Miguel Sousa Tavares (artigo completo aqui: http://aeiou.expresso.pt/o_factor_vara=f492161)


Eis algo com pés e cabeça, intenso, capaz de agarrar ao ecrã. 4/5

http://www.imdb.com/title/tt1117385/
A Autoridade Nacional de Protecção Civil rejeitou hoje as críticas que lhe foram feitas aquando da última vaga de frio em Portugal, mas admitiu que foram retiradas algumas lições, como a necessidade de fechar “antecipadamente” estradas e melhorar as comunicações.

Claro, a solução passa por fechar as estradas mais cedo. Proponho que as fechem logo a meados de Novembro até meados de Fevereiro. É como na Serra da Estrela, local com meia dúzia de estradas e uma extensão ridícula de quilómetros quando comparada com qualquer local com frio a sério, sempre que há neve, e claro que é suposto haver neve, fecham os acessos e fica a malta a brincar na berma da estrada. Isto é tudo tão irreal; irreal e sobretudo pequeno, pequenino.

1/17/2009

O que poderia ser o Caso Freeport

Isto ao mesmo tempo é cómico. "O ministro", "o ministro", dizem eles. Estão todos com medo de dizer o nome. Incrível. Ah, e isto investiga-se em Inglaterra!

1/16/2009

1/14/2009

Pois

O Hamas tomou a iniciativa de bombardear Israel, a 19 de Dezembro, ninguém disse nada. Ou melhor: as vozes do costume começaram a vituperar Israel como origem de todos os males. A cultura judaica faz mal, mediaticamente falando, em esconder os seus feridos e mortos. O dever da coragem e a recusa da vitimização tem sido a chave da sobrevivência histórica do povo judeu, que vive, desde há muitos séculos consecutivos, em perseguição e diáspora. Mas no mundo de hoje, feito da injustiça do instantâneo global, a exibição do sofrimento é rainha absoluta. Toda a gente sabe que, para o fundamentalismo islâmico, a vida humana é desprezível - em particular a das mulheres e a das crianças. Toda a gente sabe porque os fundamentalistas não o escondem; consideram, aliás, que o martírio é a grande redenção e promoção da espécie humana. Assim sendo, as sedes do Hamas são difíceis de detectar e estão, estarão sempre, cheias de civis inocentes prontos (voluntária ou involuntariamente, como é o caso das crianças) a marchar em glória para um céu, de facto menos infernal do que a vida terrena tal como eles a permitem. E não têm qualquer pudor em exibir corpos esfacelados, crianças aterrorizadas ou mortas - usam-nos como cartaz. Funciona - como não havia de funcionar? Como não nos comoveremos com essa inominável dor?

Dos estragos causados em Israel pelos bombistas suicidas ou, agora de novo, pelos mísseis do Hamas, não temos imagens. E a comunidade internacional comporta-se como se os mísseis do Hamas fossem, de facto, de chocolate - inocentes, inócuos. Israel esconde a morte, para que a população não desmoralize. Israel é, desde a sua nascença, em 1948, um país debaixo de ataque - e essa é a grande questão. Na resposta à guerra que, desde o primeiro dia, lhe foi movida pelo conjunto dos países árabes, Israel cometeu erros calamitosos. Mas hoje, agora, em 2009, não é por causa de Israel que a paz se afigura impossível. O Hamas, que controla a faixa de Gaza, não reconhece o direito à existência de Israel. E por isso ataca. Ataca porque sabe que Israel terá de responder a esses ataques - e que, ao responder, será automaticamente criticado por todo o mundo, porque o poderio militar e económico de Israel é infinitamente superior ao do governo (e governo eleito, note-se) do Hamas. Um monstro rico atacando um menino pobre, pronto. Que seja sempre o menino pobre a atirar a matar, não interessa nada - a violência justifica-se com a pobreza. Mas esta justificação também já está, há demasiado tempo, sem pés para andar: porque será que tantos povos que vivem na miséria (designadamente em África) não recorrem à violência, e porque serão alguns países tão ricos (veja-se a Arábia Saudita, por exemplo) tão violentos para com metade da sua própria população (a que tem o azar de nascer do sexo errado, ou de gostar do sexo errado)?

O escritor israelita Amos Oz escreveu uma crónica intitulada "Israel deve defender os seus cidadãos" ("Público", 31/12/2008) cuja primeira linha dizia isto: "O bombardeamento sistemático dos cidadãos das povoações israelitas é um crime de guerra e um crime contra a humanidade". Amos Oz é insuspeito de sionismo ou de ser um "falcão" belicista. Mas também não é, como ele próprio já escreveu (em "Contra o Fanatismo", edição Ediouro, Brasil) "um pacifista no sentido sentimental da palavra", e explica porquê: "No meu vocabulário, a guerra é terrível, mas o mal supremo não é a guerra, e sim a agressão. Se em 1939 o mundo todo, excepto a Alemanha, defendesse que a guerra era o fenómeno mais terrível do mundo, Hitler seria, então, senhor do universo, agora."

O problema é precisamente este: o mundo de hoje divide-se entre pacifistas sentimentais e senhores da guerra. As democracias são canjas de gente pacífica que, fundamentalmente, não toma partido - bradam pela "paz" e deixam passar os massacres, debaixo do seu nariz. Os exércitos de "manutenção de paz" da ONU são, na melhor das hipóteses, uma espécie de guarda de honra das organizações de socorro humanitário.

Israel está a tentar (escrevo na terça-feira) desmembrar o Hamas - a incursão terrestre serve para isso, para minimizar as vítimas civis. Mas, perante um Hamas que proclama "Nós acreditamos na morte", haverá sempre muitas vítimas civis. Se o Governo de Israel não contra-atacasse, em defesa dos seus cidadãos, a extrema-direita israelita cresceria, e muito, nas próximas eleições - o que seria óptimo para a estratégia do Hamas, que é a de criar ódio contra a própria existência de Israel. Por outro lado, contra-atacando, como está a fazer, faz crescer o anti-semitismo internacional - sim, é sempre disso que se trata. Tzipi Livni, a ministra dos Negócios Estrangeiros israelita, repete incessantemente que estão apenas a agir em legítima defesa, apenas e só até que acabem os ataques do Hamas. Mas a dor de Israel nunca se vê. "Israel é um país; o Hamas é um gangue", escreve Amos Oz. Antes de percebermos isto não perceberemos nem resolveremos nada.

Os mísseis do Hamas são de chocolate - Inês Pedrosa

Realmente é preciso ter lata

Carlos Cruz diz que perdoa as vítimas. Acabo de ver na TV.

Isto sim

1/13/2009

1/11/2009

1/09/2009

Cheira-me que vai nevar.
Não sei se repararam, o MEC começou a escrever (diariamente?) no Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355481&idCanal=2316